Grupos eletrógenos e microrredes: soluções energéticas atuais com um futuro brilhante

• Num mundo em transição para um modelo energético mais sustentável, as microrredes estão a ganhar destaque como parte de grandes projetos industriais.
• Os grupos eletrógenos desempenham um papel fundamental nas microrredes, proporcionando fiabilidade e produzindo até um terço da eletricidade no sistema.

O consumo mundial de eletricidade tem vindo a aumentar de forma constante. Apesar de um abrandamento em 2022 – impulsionado por um enfraquecimento da economia e por aumentos significativos dos preços da energia – prevê-se que a procura mundial de eletricidade cresça em 2023 na mesma proporção que em 2022, ou seja, cerca de 2,4% (Agência Internacional da Energia, 2022, p. 6). As estimativas são feitas com incerteza, uma vez que ainda não se sabe como os preços dos combustíveis poderão afetar o cabaz de produção.

Este crescimento contínuo da procura de eletricidade surge numa altura em que a sociedade precisa de avançar para modelos energéticos mais sustentáveis, capazes de atenuar alguns dos maiores desafios deste século: as alterações climáticas, o esgotamento dos combustíveis fósseis e o aumento dos preços da energia de que temos vindo a falar.

Estamos a falar de uma mudança de ciclo, em que as fontes ecológicas de produção adquirem um maior peso específico e nos permitem ser progressivamente menos dependentes dos combustíveis fósseis.

A produção de energias renováveis está a crescer mais rapidamente do que a procura global de energia em 2022. Esta é, sem dúvida, uma boa notícia, uma vez que conduz a uma ligeira diminuição das emissões de CO₂ do setor energético mundial, apesar do aumento da utilização do carvão na Europa, a meio da atual crise do gás.

A produção distribuída e o seu papel na transição para um mundo mais sustentável

Em todo o caso, devemos estar conscientes de que um aprovisionamento energético exclusivamente baseado em fontes de energia renováveis não é viável neste momento.

Atualmente, não podemos cobrir toda a nossa procura de energia apenas com energias limpas. Além disso, a nossa limitação em armazenar quantidades extraordinárias de energia também impede que um modelo 100% renovável seja ainda possível.

A tudo isto há que acrescentar mais dois fatores: os ciclos de máxima produção de energias renováveis nem sempre coincidem com os de máxima procura e o acesso às mesmas não está disponível em todo o lado.

A produção distribuída parece ser um modelo particularmente viável, fiável e inteligente para lidar com tais circunstâncias.

As microrredes, um modelo avançado de geração distribuída

No âmbito da produção distribuída, as microrredes são um modelo proeminente.

As microrredes são sistemas compostos por um conjunto de recursos energéticos interligados, tanto de fontes “tradicionais” como renováveis. Estes recursos podem permanecer ligados à rede ou funcionar de forma isolada.

Estes sistemas híbridos dispõem de um controlo inteligente, que prevê os consumos e os ciclos de trabalho dos elementos que compõem o sistema. Estão também presentes vários dispositivos de armazenamento de energia para compensar as necessidades energéticas.

Este modelo combinado permite não só aproveitar as vantagens de cada um dos elementos que compõem a microrrede, mas também ajuda a compensar as suas fraquezas. Em suma, tiramos partido do melhor de cada fonte e garantimos que a estrutura proposta é robusta, fiável e sustentável a longo prazo, além de apresentar uma relação custo-eficácia mais favorável.

A importância dos grupos eletrógenos no mundo das microrredes

Ao contrário das tecnologias baseadas em combustíveis fósseis, os painéis solares ou os moinhos de vento, por exemplo, não podem ser ligados à vontade para gerar energia quando esta é necessária. E esse é um dos seus principais inconvenientes: como já referimos, os seus ciclos de produção máxima nem sempre coincidem com os ciclos de procura máxima de energia.

Neste cenário, os geradores de energia são a solução ideal para garantir a fiabilidade de toda esta infraestrutura. Trarão segurança e estabilidade ao sistema, satisfazendo as necessidades energéticas sem incertezas.

Atualmente, cerca de um terço da energia fornecida pelas microrredes provém de grupos eletrógenos. Estes números sublinham o importante peso específico que os geradores têm nas configurações sob a forma de microrrede. A energia eólica representa outro terço, enquanto que as restantes – microturbinas, painéis solares fotovoltaicos ou células de combustível – constituem o terço restante.

Imagem 1: O papel dos grupos eletrógenos nas microrredes.

Benefícios da implementação de grupos eletrógenos nas microrredes

Embora a fiabilidade seja o benefício mais conhecido, está longe de ser o único.

Uma das maiores vantagens de integrar grupos eletrógenos em microrredes é a disponibilidade imediata de energia. Em suma, poderíamos dizer que funcionam como reservas de energia altamente fiáveis para serem utilizadas quando necessário.

Outro aspeto a destacar é a capacidade de planear o seu funcionamento através de sistemas de gestão inteligentes. Desta forma, podemos programar os períodos de funcionamento com base em condições específicas ou períodos de tempo específicos, para que possamos tornar o sistema mais eficiente e também otimizar o custo da produção.

*Em função do nível de emissões da motorização do grupo eletrógeno.

Tabela 1: Vantagens e inconvenientes das principais fontes de energia disponíveis em microrredes.

Dagartech, especialistas no desenvolvimento e fabrico de grupos eletrógenos na vanguarda tecnológica

Dagartech, empresa espanhola especialista no fabrico de soluções energéticas personalizadas, aumentou a sua participação na conceção e desenvolvimento de instalações de primeiro nível que contam com microrredes como sistemas de abastecimento energético.

Os elevados padrões de qualidade da empresa garantem o desenvolvimento de soluções da mais alta qualidade e fiabilidade, proporcionando aos seus clientes e utilizadores a melhor experiência possível e o serviço de uma equipa de profissionais com uma longa experiência no setor da produção de energia.